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Sumário:
1 – Regulagem de Motores de Automodelos
                                            2 – Ajustes Especiais    
                    
1) Regulagem de motores de Automodelos

Motores para automodelismo exigem cuidados especiais, tanto no amaciamento como na regulagem, para você entender melhor vou dividir o assunto em partes.
 
Tipos de motores:

De acordo com a escala os motores disponíveis são:10, 12, 15 e 26(4 tempos) para carrinhos 1/10 e 21 para 1/8.
 
Amaciamento:

Este é talvez o segredo do bom funcionamento e durabilidade de um motor, muito automodelistas não sabem o amaciar corretamente, portanto vou explicar a teoria e a prática.

O amaciamento é vital, pois os motores quando novos, precisam ter as suas peças assentadas, ou seja: é necessário um desgaste inicial controlado para que as peças atinjam as medidas necessárias e funcionem da forma mais suave possível.

Nos motores para aero o amaciamento pode ser feito no próprio avião, nos automodelos a coisa é diferente, se for feito com o carrinho parado o motor pode fundir por falta de refrigeração e se o carrinho estiver em movimento as peças podem riscar pela fuligem da pista e assentar de forma irregular.

Daí chegamos a uma solução, basta adaptar uma hélice, montar o motor numa bancada e amacia-lo, mas lembre-se; antes você deve ajustar o motor.

Outra solução que é a mais recomendada é fazer o amaciamento em torno mecânico ou furadeira eletrônica, neste caso é necessário ter conhecimento ou pedir ajuda a um profissional competente, pois se o serviço for mal feito você pode danificar o motor totalmente, tome cuidado.

Para fazer este tipo de amaciamento é fundamental que a furadeira ou torno fique bem alinhado com o eixo do motor e que seja utilizada velocidade média.

Carburador e vela são retirados e a lubrificação constante, o óleo tem que ter baixa viscosidade e para aumentar a eficácia pode se adicionar aditivo abrasivo ultrafino.

Em ambos os casos, após o amaciamento o motor deve ser desmontado e as peças lavadas.


 

Regulando o carburador:



Os principais problemas para se regular um motor para automodelos é a falta de refrigeração e o alto giro. Nos aeromodelos, a hélice tem várias funções além de refrigerar ela fornece carga (peso para deslocamento) ao motor, por exemplo; um motor possui faixa de trabalho até 35000rpm com carga, se o motor rodar livre a rotação pode chegar até 50000rpm dependendo da potência a biela pode estourar e o motor trava.

Portanto; não acelere seu carrinho quando ele estiver suspenso, mesmo com o motor tracionando as rodas, pois as engrenagens não oferecem carga para manter o giro do motor.

Automodelistas experientes conseguem regular o motor com o ouvido e o carrinho na correndo na pista, mas para quem ainda vai chegar lá aqui vão umas dicas:

Tire o motor do carrinho e adapte na hélice, jamais esqueça disso.

Dar uma boa lida no artigo: “Regulagem de motores” na parte de aeromodelismo.
Motores de alto desempenho 15 e 21 possuem carburadores diferentes:
Gaveta.jpg (121085 bytes)
Este tipo de carburador é chamado de “gaveta” o acionamento é reto e não giratório como nos motores para aero.

A vantagem é que a aceleração e redução são mais rápidas, quando você for ajustar este tipo de carburador, lembre-se que a agulha da baixa é móvel e toda vez que você ajustar-la é preciso regular o parafuso do lado oposto, pois a agulha entra dentro dele quando a garganta fecha, o resto é igual aos carburadores a tambor.

No automodelismo o giro máximo do motor ocorre num tempo muito curto, portanto redobre a atenção quando for regular a máxima.

Como a alta temperatura é fator crucial, sempre trabalhe com a mistura rica, a regulagem sempre deve ser feita da falta para o excesso e nunca o contrário.

A hélice oferece carga menor do que o peso do carinho, quando o motor for colocado no carrinho, deve ser feita a regulagem final.
Não funcione o motor sem o filtro de ar, automodelos tem mais contato com areia e detritos.
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Às vezes o motor demora a reduzir, pois a gaveta precisa fechar com mais força, use um elástico para ajudar o servo .
                                           
                2) Ajustes especiais
                                                       

Até hoje não existe o ajuste perfeito do sistema de direção e estabilidade de um automodelo, os principais fatores são, o tipo de carrinho e a forma de pilotagem de cada um.
Esse tipo de ajuste é muito pessoal e é segredo guardado a sete chaves entre os competidores, dependendo do caso, uma corrida pode ser decidida por esse detalhe.
Com o tempo e experiência você vai fazer o seu próprio ajuste, mesmo que outra pessoa o copie, provavelmente não pilotará como você.
Mas como ajustar de forma satisfatória seu carrinho?
Existem dicas básicas que podem te ajudar a dominar essa técnica.
Vale lembrar que on e off road tem ajustes totalmente diferentes, por isso vou ditar apenas as noções, o ajuste em si é específico para cada tipo de carrinho.
A seqüência dos ajustes devem obedecer uma ordem.

Suspensão.

Altura do chassis e carroceria.

Cambagem.

Alinhamento.

É necessário que o automodelista conheça bem a pista que está freqüentando e que converse bastante com os colegas que usam o mesmo local, geralmente eles já conhecem os segredos da pista, e te ajudarão a ajustar o seu carrinho, o verdadeiro automodelista sempre ajuda com prazer, portanto: lembre-se de ser humilde e gentil tanto na hora de aprender ou de ensinar alguém.
Antes de ajustar na pista você precisa antes(em casa) verificar o estado geral da suspensão, tire as rodas, amortecedores(se tiver), as hastes do servo e dê uma geral, não pode haver parafusos ou buchas soltas, o movimento da bandeja deve ser livre e não frouxo ou duro, nos carros que tiverem pivôs de fixação, é bom tira-los e ver se não estão tortos, o mesmo deve ser feito com as barras anti-rolagem.

Suspensão.
Antes de falar sobre este assunto vamos analisar o que acontece com o carrinho enquanto você o controla.

Quando você acelera o carrinho, a frente levanta e a traseira abaixa, isto ocorre devido a inércia e o torque inicial para o deslocamento, parte do peso do carrinho vai para as rodas traseiras, e a carga da suspensão fica maior na parte de trás.

Na curva, existe a força centrífuga(o carro vai para o lado aberto) só que também devemos considerar a aceleração do carrinho(o carro empina para frente) ou seja; o carrinho inclina enquanto faz a curva, numa curva a direita o carrinho inclina para esquerda, a roda dianteira(direita) fica leve e a roda traseira(esquerda) fica pesada e vice versa.
Para regular a suspensão de forma perfeita é necessário que todas as rodas tenham o melhor contato possível no solo com o carrinho sob inclinação.
Amortecedor firme, o carrinho inclina menos, faz as curvas mais abertas e um pouco mais rápido mas tem um porém; o carrinho tende a derrapar mais fácil, pula mais e dificulta a precisão das manobras.
Amortecedor macio, o carrinho inclina mais faz as curvas mais fechadas, pula menos permitindo melhor controle, mas se inclinar muito, pode jogar de lado durante ou depois da curva(rabear).
Mola dura, ajuda a controlar a inclinação dando maior estabilidade, dependendo da pista o carrinho pula mais, dificultando a precisão das manobras, lembre-se que quanto menor o carrinho mais ele sente a irregularidade do trajeto.
Mola suave, permite melhor absorção de impactos, melhorando a condução do carrinho, mas a inclinação é maior, dificultando a realização de curvas em alta velocidade.
A maioria dos modelos vem com barra anti-rolagem(barra estabilizadora), é um braço de metal em forma de ” U ” que une os dois lados da suspensão, quando um lado levanta, o outro é forçado a fazer o mesmo.
Este mecanismo ajuda a controlar a inclinação durante as curvas e deve sempre estar bem alinhado, se o seu carrinho não o possui, compre como opcional(se tiver) ou tente fazer um, tomando cuidado para não estragar as peças e o funcionamento da suspensão.
Ao ajustar a sua suspensão tenha sempre em mente, que é necessário controlar a inclinação do carrinho.
Quanto mais firme, melhor estabilidade, pior dirigibilidade.
Quanto mais macia, pior estabilidade, melhor dirigibilidade.




Altura do chassis e carroceria
A regra diz que; quanto menor a altura do chassis ao solo, menor a inclinação do carro na curva, isto ocorre porque o centro de gravidade desce e a força centrífuga na curva atua com menor intensidade (ver:suspensão) o ideal seria que o carro fosse mais baixo possível, acontece que nem sempre isso é possível, ou porque o conjunto do carro não permite isso, ou a pista é muito irregular.
Vale ressaltar que, o carrinho levanta a frente quando é acelerado se o chassi for reto em relação ao solo, as rodas dianteiras vão tocar com menos força o chão, para minimizar este efeito o chassi deve ter a parte traseira um pouco mais alta em relação a frente do carrinho, por isso é importante trabalhar com pneus e suspensão em conjunto.
Lembre-se que o carrinho inclina sempre para o lado aberto da curva, se você rebaixa-lo demais o chassi pode ralar no chão.
Os chassis opcionais disponíveis no mercado, podem oferecer uma série de vantagens, redução de peso, furos e encaixes extras para outros acessórios e motores, melhor dissipação de calor e mais resistência a batidas.
Em off road a coisa é diferente a altura varia de acordo com a pista, peso do carrinho e curso da suspensão.
Na maioria dos modelos, a carroceria não influência muito o desempenho, a exceção é dos on road de alta performance, nos 1/8 G21 a carroceria tipo “Lola”(com o piloto de fora) costuma ter desempenho superior aos “c-car”
Isto ocorre pelo fato da Lola ter um desenho mais esguio e limpo.
Calcule também a altura, se carroceria estiver muito baixa ,com certeza vai ralar na pista e prejudicar o desempenho, se a suspensão estiver dura, tudo bem, a altura ideal é 3 a 5 mm, nos on road.
A parte traseira pode ser mais alta e o uso de aerofólios, desde que bem ajustados, é sempre benéfico.
O corte para o buraco das rodas, nem sempre corresponde ao traçado original feito pelo fabricante da carroceria, por isso sempre devem ser feitos por último e com uma tesoura de ponta curva, se não tiver, o corte pode ser feito com estilete. Dica: para cortar o buraco com estilete, pegue um compasso velho e um pedaço bem afiado da lâmina, prenda a lâmina com fita na parte onde vai a grafite, fixe de modo que não solte ou corte seus dedos(óbvio né ?). Coloque a carroceria no carrinho e faça um furo onde é o meio da roda com a parte central do compasso, encoste a parte da lâmina cerca de 5mm fora do pneu e faça o corte circular, não precisa fazer força, apenas faça um risco profundo sem atravessar, pegue uma tesoura e corte em filetes a partir do centro do buraco até esse risco, como se fosse um bolo redondo, aí é só dobrar para dentro e para fora os filetes que eles se rompem no risco, passe uma lixa e pronto.
Evite pinturas escuras ou escurecer as janelas, em dias de sol intenso a temperatura do carrinho sobe um pouco, e cores escuras ajudam a reter o calor, aberturas podem ser feitas nas janelas, mas não devem ser grandes e sempre arredondadas, se forem mal feitas podem trincar em caso de capotagem

Cambagem
Este é um ajuste bem específico para cada tipo de pista e automodelo, por isso vamos entender a teoria.
A cambagem consiste em alterar o ângulo de inclinação das rodas alterando a área de contato dos pneus na pista sendo que o desgaste ocorre em forma de cone . A cambagem possui duas opções de ajuste:
Positiva \———/ as rodas ficam voltadas para baixo, este tipo de ajuste é pouco utilizado em automodelos, pode ser recomendado em casos que o carrinho tem desgaste irregular nos pneus ou quando o curso da suspensão interfere no ângulo das rodas em determinadas curvas.
Negativa/———\ as rodas ficam voltadas para fora, é o ajuste mais comum, pois aumenta a área de contato dos pneus com o solo.
Quando se altera o ângulo, a área de contato do pneu aumenta, na cambagem negativa ocorre também o aumento da largura do eixo, com isso o apoio é maior em curvas, mas se o ângulo for muito acentuado além do desgaste prematuro a velocidade final é prejudicada, porque o atrito dos pneus com o solo é maior.
Vale lembrar que quanto mais largo o pneu mais fácil ele derrapa.
Para entender melhor, imagine uma massa crua de pizza, se passarmos o rolo de madeira a massa achata mas se passarmos uma faca com a mesma força e no mesmo ponto a massa é cortada, ou seja quanto maior a superfície de contato menos força ocorre num determinado ponto, mas se a superfície de contato é menor, toda força é concentrada naquele lugar.
Portanto, se o pneu for largo ele possui uma área de contato maior mas com menos intensidade.
É importante que o ângulo da cambagem seja igual nos dois lados, o desgaste dos pneus tem que ser proporcional, senão o carrinho fica torto, Dependendo da pista(circuitos ovais, por exemplo) a cambagem pode ser diferente em ambos os lados, isso vai de acordo com o desgaste e a necessidade de apoio maior de um determinado lado do carrinho.
Quanto maior o ângulo negativo, mais apoio e aderência, menor velocidade final, desgaste mais irregular dos pneus e risco maior de derrapagem.


Alinhamento
Retire as hastes do servo da direção que ficam presas no cubo de esterção da roda, geralmente o encaixe é feito com pinos de cabeça arredondada, ligue o rádio, o receptor e deixe os ajustes da direção(steering) no neutro e comece a ajustar a distância das hastes do servo pela ponta que encaixa no cubo(que vai no encaixe arredondado), existem 3 opções para o alinhamento.
Fechado / \ (aumentar o tamanho das hastes) este tipo de ajuste é indicado para pistas muito “travadas” com curvas bem fechadas e espaço reduzido, pois o carrinho entra mais rápido na curva e o piloto tem que controlar a trajetória, o desgaste de pneu é bem maior e a velocidade final menor.
Neutro [ ] (hastes originais) o mais utilizado.
Aberto \ / (hastes curtas) pouco utilizado, faz curvas mais abertas.
Monte, dê uma volta com o auto, se estiver puxando para um lado, pare, e ajuste as hastes de novo, não ajuste pelos controles do rádio que sempre devem ficar no neutro, o ajuste pelo rádio é mais para correções rápidas enquanto você estiver andando.

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